Beliato, ex-zagueiro do Náutico  (Foto: Divulgação)

Nesta quinta-feira (16), o futebol pernambucano perdeu um de seus maiores símbolos: o ex-zagueiro Beliato, aos 74 anos. Com uma carreira marcada por entrega, classe e conquistas, Beliato vestiu a camisa do Náutico por cinco anos, sendo peça fundamental na conquista do título pernambucano de 1974, quando o clube frustrou o sonho do Santa Cruz de alcançar o hexacampeonato estadual.

"Dentro e fora de campo, ele era um homem honrado. Mesmo sendo reservado, adorava brincar, juntar pessoas e era uma pessoa alegre", declarou Paulo Beliato, filho do ex-jogador.

Além do Náutico, Beliato deixou sua marca em grandes clubes nacionais, como Palmeiras, Pinheiro-PR e o Internacional, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de 1979.

Homenagem e Reconhecimento

O velório de Beliato será realizado no Memorial Alvirrubro, nos Aflitos, marcando uma despedida à altura de sua história. O Náutico já confirmou que prestará uma homenagem ao ex-defensor na próxima partida, reforçando o carinho e respeito que ele conquistou dentro e fora de campo.

Em nota oficial, o clube exaltou sua trajetória:

"Campeão do Pernambucano em 1974, Beliato vestiu nossas cores com dedicação por cinco anos, conquistando um lugar entre os maiores defensores da história do clube. Desejamos paz e luz à sua família neste momento."

Até torcedores de clubes rivais demonstraram admiração, destacando a classe e o profissionalismo de Beliato.

Um lugar na Seleção Alvirrubra

Em 2014, o reconhecimento popular eternizou Beliato na Seleção Alvirrubra de Todos os Tempos, escolhida por votação dos torcedores. Durante uma partida contra o Avaí, pela Série B, o Náutico homenageou os 11 nomes mais marcantes da história do clube com uniformes especiais. Beliato, com a camisa 3, formou a zaga ao lado de Sidcley, seu parceiro dos anos 1970.

Outros grandes nomes daquela seleção incluem Lula Monstrinho, Bita, Kuki e Gena, reforçando a importância de Beliato no panteão alvirrubro.

Legado e Emoção

O jornalista Roberto Vieira traduziu em palavras o sentimento coletivo em relação a Beliato. No poema "Obrigado, Beliato", ele comparou o ex-zagueiro ao lendário Beckenbauer, destacando sua técnica, classe e importância para o Náutico:

"Para toda uma geração alvirrubra, Beliato é unanimidade. Toda vez que vemos um zagueiro de classe, nossa mente volta no tempo. Obrigado, Beliato! Você jogava muita bola, cara!"

O Ídolo que Vive na Memória

O legado de Beliato transcende as quatro linhas. Sua dedicação ao futebol e sua personalidade honrada fazem dele um exemplo não apenas para o esporte, mas para a vida.

Obrigado, Beliato. Eternamente alvirrubro, eternamente ídolo.