
Professor Betinho (Foto: Arquivo pessoal)
A morte do professor José Bernardino da Silva Filho,
conhecido como Betinho, ganhou uma reviravolta quase uma década após o
ocorrido. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) anunciou que o
inquérito conduzido pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) apontou Raphael
Gouveia Thorpe, namorado do professor na época, como o autor do homicídio
ocorrido em 2015, no Edifício Módulo, no bairro da Boa Vista,
área central do Recife.
Denúncia formalizada
A denúncia contra Raphael foi aceita com base no artigo 41
do Código de Processo Penal, que exige:
- A exposição
do fato criminoso e suas circunstâncias;
- A identificação
do acusado;
- A classificação
do crime, com indícios mínimos de autoria e materialidade.
O TJPE confirmou que há elementos suficientes para o
prosseguimento da ação penal. Entretanto, a defesa de Raphael ainda não foi
localizada para comentar as acusações.
Reabertura do caso e reviravolta
O inquérito foi reaberto em 2019, quando dois
estudantes que inicialmente eram apontados como suspeitos foram absolvidos.
Na época, perícias realizadas pelo Instituto de Identificação Tavares Buril
(IITB) indicavam que as impressões digitais dos alunos estavam na cena do
crime.
Contudo, novas investigações concluíram que os estudantes
não tinham relação com o homicídio. Essa reviravolta direcionou a apuração para
novas possibilidades, culminando na identificação de Raphael como o principal
suspeito.
Contexto do crime
Betinho foi morto no apartamento onde morava, localizado em
um prédio no centro do Recife. Conhecido por seu trabalho como educador, o caso
gerou grande comoção na época, mas as investigações iniciais enfrentaram
impasses que retardaram a conclusão do inquérito.
Próximos passos
Com a denúncia formalizada, o processo deve avançar para a
fase de instrução, onde serão ouvidas testemunhas, apresentadas provas e,
eventualmente, julgada a culpabilidade do acusado.
Impacto e repercussão
O caso Betinho é emblemático tanto pela demora em sua
elucidação quanto pela reviravolta que exime os inicialmente acusados,
levantando questões sobre os desafios do sistema investigativo e judicial no
Brasil.
O espaço permanece aberto para manifestações das partes
envolvidas e novos desdobramentos sobre o caso.