
Toda a ação foi gravada por uma câmera de segurança do condomínio (Foto: Redes Sociais/Reprodução)
Na noite de domingo (1º), o policial militar, que não teve a
identidade divulgada, foi preso em flagrante após matar a tiros o motociclista
de aplicativo Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, no bairro Alberto
Maia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife. O crime teria sido
motivado pela recusa do policial em pagar uma corrida avaliada em R$ 7.
Dinâmica do Crime
Discussão e Assassinato
O episódio aconteceu em frente ao Condomínio Parque Real
Carden, onde o motociclista encerrou a corrida. Ao exigir o pagamento, o
motociclista e o policial militar iniciaram uma discussão. Durante o
desentendimento, o PM sacou um revólver calibre 38 e disparou contra
Thiago, que morreu no local.
Toda a ação foi capturada por uma câmera de segurança
instalada no condomínio, registrando a sequência de eventos que culminaram na
tragédia.
Tentativa de Fuga
Após o crime, o policial militar entrou no condomínio,
trocou de roupa e tentou escapar utilizando um ônibus na Avenida Belmiro
Correia. No entanto, populares o reconheceram e o agrediram dentro do coletivo,
gerando um princípio de linchamento.
Uma guarnição do 20º Batalhão da Polícia Militar
interveio, resgatando o agente e o conduzindo à delegacia. Ele foi detido em
flagrante e encaminhado para uma unidade de saúde devido aos ferimentos
sofridos.
Reações e Declarações Oficiais
Indignação Pública e Nota da SDS
O secretário de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE),
Alessandro Carvalho, repudiou o crime, classificando-o como "bárbaro
e inaceitável". Ele destacou que a maioria dos policiais age com
integridade e que o caso será tratado com "o rigor da lei".
“O que ele cometeu é passível de expulsão. Foi uma exceção à
regra, e a SDS tratará o caso de forma exemplar”, afirmou o secretário.
Medidas Administrativas
As Polícias Militar e Civil de Pernambuco divulgaram nota
conjunta informando que o policial estava fora de serviço no momento do
crime. Além da prisão, foi aberta uma investigação administrativa, que pode
resultar na expulsão do agente da corporação.
Investigação e Procedimentos Legais
O caso será conduzido pela 10ª Delegacia de Polícia de
Homicídios (DPH), por meio da Força Tarefa de Homicídios Metropolitana
Norte. A arma do crime foi apreendida e será periciada.
O secretário Alessandro Carvalho reforçou o compromisso com
a transparência e justiça, enfatizando que o comportamento do agente não
reflete a conduta da instituição policial como um todo.
Impacto e Reflexões
O assassinato de Thiago Fernandes Bezerra expõe questões
críticas relacionadas ao abuso de poder e à conduta de agentes públicos fora de
serviço. O caso gerou forte comoção social, destacando a importância de medidas
rígidas para evitar abusos e reforçar a confiança na segurança pública.
A família da vítima e a sociedade aguardam por respostas
rápidas e justas, enquanto o caso segue sendo investigado.