Noronha Verde: arquipélago inicia projeto de descarbonização, prioritário para o Governo de Pernambuco  (Foto: Divulgação)

O Projeto Noronha Verde, que visa a descarbonização de Fernando de Noronha, deu um passo importante com a publicação da Portaria 818/2024. Em até dois anos, o arquipélago deixará de depender de termelétricas a diesel, adotando a energia solar como sua principal fonte. A medida faz parte das prioridades do Governo de Pernambuco para a transição energética sustentável no estado, marcando um compromisso com a preservação ambiental e a justiça climática.

Compromisso com a Sustentabilidade e Justiça Social

A governadora em exercício, Priscila Krause, destacou a importância dessa transição para preservar Noronha como um patrimônio ecológico. “Estamos investindo no fortalecimento das fontes renováveis, que integram a nova economia e priorizam uma transição eficiente, sustentável e que promova justiça social e climática”, afirmou.

Plano de Implementação Solar e Investimento

Nos próximos 30 dias, a Neoenergia, atual fornecedora de energia na ilha, deverá apresentar um plano de investimento em energia solar no valor de R$ 300 milhões. Esse projeto, após aprovação, entrará na fase de licenciamento ambiental, que incluirá consultas públicas com a comunidade noronhense. A previsão é que a operação e a instalação das placas solares comecem ainda em 2025, com conclusão esperada para 2026. Além disso, a nova matriz energética será implementada sem custos adicionais para os moradores da ilha.

Um Projeto Modelo para o Brasil

Com apoio do Ministério de Minas e Energia (MME), do ICMBio e do Governo de Pernambuco, a transição energética em Fernando de Noronha busca se tornar um modelo de sustentabilidade e inovação para outras regiões do Brasil. Ana Luiza Ferreira, secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, ressalta que o projeto corrige uma contradição ecológica histórica ao substituir combustíveis fósseis em um local de preservação ambiental.

“Esse projeto respeita as características únicas da ilha e reduz a necessidade de transportar óleo combustível para Noronha”, afirmou Ana Luiza, destacando que a transição energética é planejada cuidadosamente desde o ano passado.

A substituição da energia a diesel por fontes solares representa um marco para a conservação ambiental em um dos ecossistemas mais importantes do Brasil e aponta para um futuro onde sustentabilidade e preservação caminham juntas em Fernando de Noronha.