
(Foto: Divulgação)
Pernambuco ocupa a segunda colocação entre os estados
brasileiros com o menor gasto mensal por preso em 2024, de acordo com dados do Painel
Custo do Preso, elaborado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais
(Senappen), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O Estado
investiu, em média, R$ 1.387,45 por detento neste ano.
O valor é superior apenas ao do Espírito Santo, que
registrou o menor custo do país, com R$ 1.105,14 por preso ao mês. Na
outra ponta do ranking, a Bahia teve o maior gasto, com R$ 4.367,55
mensais por detento.
Despesas totais com o sistema prisional
Em termos absolutos, o sistema penitenciário pernambucano
acumulou R$ 449 milhões em despesas em 2024. Desse montante, R$ 227
milhões foram destinados a gastos com pessoal, enquanto R$ 221
milhões cobriram “outras despesas”, como alimentação, energia, água,
produtos de higiene, equipamentos de segurança, entre outros itens necessários
para a manutenção das unidades prisionais.
O levantamento mostra ainda que a maior parcela dos recursos
foi alocada no Presídio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife,
que concentrou investimentos de pouco mais de R$ 85 milhões. A unidade
abriga a maior população carcerária do Estado, com 61.492 presos.
Dados detalhados por unidade não foram divulgados
Apesar dos números globais, a Senappen destacou que
não foi possível calcular o gasto médio por preso em cada unidade prisional,
pois muitos estados, incluindo Pernambuco, não possuem dados individualizados
suficientes para uma análise mais detalhada.
Oscilações nos últimos anos
Outro ponto que chama atenção é a variação no valor médio
gasto por detento em Pernambuco nos últimos anos. Em 2022, o custo
médio por preso chegou a R$ 4.991,90, mas despencou para R$ 910,58
em 2023. Agora, em 2024, voltou a subir para o patamar atual de R$
1.387,45.
Nos anos de 2020 e 2021, o gasto médio se
manteve estável, na faixa dos R$ 1.070.