
Com bastante cuidado, Daniel fez a retirada do objeto e devolveu o animal ao mar (Foto: Projeto Tubarões e Raias de Noronha/Divulgação)
Um filhote de tubarão-limão foi encontrado ferido em Fernando
de Noronha após ficar com um elástico de cabelo preso na boca. O
resgate ocorreu no último sábado (29), graças à ação rápida dos pesquisadores
do Projeto Tubarões e Raias de Noronha, que retiraram o objeto e
devolveram o animal ao oceano.
Alerta de Banhistas e Resgate
O caso veio à tona quando banhistas que estavam na Praia
do Sueste avistaram o filhote em dificuldades e acionaram o Instituto
Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio).
O mergulhador e voluntário do projeto, Daniel
Silva, foi um dos primeiros a chegar ao local. Após receber um vídeo do
animal ferido enviado por uma voluntária do ICMBio, ele rapidamente se
dirigiu ao ponto indicado para avaliar a situação.
"Informaram a uma das voluntárias do ICMBio, que me
enviou um vídeo do filhote de tubarão", explicou Daniel.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, ele aparece
segurando o animal e evidenciando o elástico de cabelo preso na boca.
Com cautela e precisão, o pesquisador fez a remoção do objeto e, em
seguida, libertou o tubarão no mar.
Espécie Comum na Região
O tubarão-limão é uma espécie frequentemente
encontrada na ilha e utiliza Fernando de Noronha como berçário natural.
Segundo os especialistas, esses tubarões desempenham um papel fundamental no
ecossistema marinho, controlando populações de outras espécies e mantendo o
equilíbrio ambiental.
O Impacto do Lixo no Oceano
O incidente serve como um alerta sobre os perigos do lixo
nos oceanos. Pequenos objetos aparentemente inofensivos, como elásticos
de cabelo, podem prender-se a animais marinhos e causar ferimentos
graves ou até a morte.
Por isso, especialistas reforçam a importância da
conscientização ambiental e do descarte correto de resíduos,
especialmente em áreas de preservação como Fernando de Noronha.
O caso do filhote de tubarão-limão resgatado mostra
como atitudes simples, como não deixar lixo nas praias e relatar casos
suspeitos às autoridades, podem salvar vidas marinhas e preservar a
biodiversidade.